quinta-feira, 2 de junho de 2011

forças

Uma coisa que ninguém pode reclamar da minha família é forças. Forças que Deus sabe de onde tiram. Ontem, minha tia-avó faleceu de edema pulmonar. Fato triste e verídico que trouxe minha vó Iolanda à Fortaleza (sim, ela é minha chará). Fui à noite buscá-la no aeroporto por volta das 11:30 e a desde o primeiro momento em que a vi até poucos segundos atrás, eu vejo lágrimas, dor e muitas forças. O avião desembarcou à meia noite e meia então seguimos ao velório e pela manhã ao enterro. Não é fácil assistir cenas tão dolorosas, ainda mais para alguém que perdeu o filho pouco mais de um mês, o marido há dois anos atrás, outro filho há 12 e mais outro há 16 anos (meu pai). Também não foi fácil para a minha mãe, perder o marido com uma criança de dois anos e um filho na barriga para criar. Sozinha ela conseguiu. Não é fácil para mim, para você, para o seu cachorro, para ninguém. Todo mundo sente a dor da perda um dia e tem que aprender a lidar com isso. É difícil, eu tenho certeza porque já senti muitas na pele mas em vez de passar meses com essa depressão, devemos pensar que nossos entes queridos estão em um lugar mil vezes melhor do que o nosso. Que Deus leva os bons porque os quer primeiro perto dele. A vida é uma passagem, um ciclo. Nascémos, crescemos, envelhecemos e morremos. Vivemos. E para viver, é preciso aprender que há momentos lindos, memoráveis, perfeitos. Como também haverão as dores, os sofrimentos e as perdas. Um sobe e desce que não tem fim até suas últimas horas. Precisamos estar preparados por mais surpreendente que os acasos sejam. Faz parte. Isso, minha família sabe.

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