Intercambistas, primeiramente, são corajosos. Corajosos porque conseguiram tirar forças da curiosidade, para deixarem seu próprio país. A gente tem sede de aventura. A maioria se vicia. Viciados na melhor droga de todas: viajar. Depois que começa, não acaba mais. É uma viagem após a outra, ou pelo menos, um plano após o outro. Avião chega a ser prazeroso de entrar. E a gente fica empolgado até com demonstração de segurança dos comissários de bordo. Como se cada viagem fosse mais uma porta se abrindo, um sonho realizado. E nos primeiros meses a empolgação é tanta, que o dinheiro não dura metade do que devia. Tudo de inútil parece que vai ser usado um dia. Conhecemos pessoas novas, de um lugar completamente diferente do seu ambiente, com costumes diferentes, e esses são só mais motivos de felicidade. Coisas estranhas acontecem. O facebook de repente, ganha mais que apenas 5 atualizações. E você não poderia ficar mais contente sabendo que deixou saudades em casa. Saudade de casa. Da mamãe, do papai, irmãos, avós, cachorros e papagaios. Saudade da comida brasileira, meu deus. Do arroz e do feijão. Do churrasco, não do "barbecue". Da comida sem gordura e conservantes. Que quando chegamos em casa muda para: saudade dos hamburguers, kit kats e cookies. E a gente se sente caixeiro viajante. Conhece aqueles lugares que só aparecem em filmes. Tiramos um milhão de fotos para no final, 2 ou 3 servirem. Intercambista tem na cabeça que pode fazer tudo sem que ninguém o julgue para o resto da vida, ou o condene. E sabe de uma coisa? Essa é a melhor parte. A parte que todos nós gostaríamos de viver diariamente, em casa ou não. E a gente é obrigado a lavar louça, lavar roupa, pegar ônibus e a economizar. Mas a principal das coisas que intercambistas fazem, não chega nem aos pés de todas as que eu citei. Intercambista não sabe viver sem as lembranças. Nunca esquece sua viagem, seus amigos e suas histórias. Vive numa profunda e natural nostalgia, a famosa vontade de voltar no tempo e fazer tudo outra vez exatamente como foi. E possa passar o tempo que for, vamos continuar chorando de saudade a cada foto que vermos, vamos continuar falando pra TV "Já estive aí, olha!" e sempre vamos contar coisas do tipo "Quando eu estava no lugar tal...". É uma saudade da liberdade. Quem já foi, sabe. Quem não foi, seja. Quem quer ser, lute. Quem não quer, é uma pena. Foi simplesmente a melhor experiência da minha vida até agora.
O que intercambistas fazem
Intercambistas, primeiramente, são corajosos. Corajosos porque conseguiram tirar forças da curiosidade, para deixarem seu próprio país. A gente tem sede de aventura. A maioria se vicia. Viciados na melhor droga de todas: viajar. Depois que começa, não acaba mais. É uma viagem após a outra, ou pelo menos, um plano após o outro. Avião chega a ser prazeroso de entrar. E a gente fica empolgado até com demonstração de segurança dos comissários de bordo. Como se cada viagem fosse mais uma porta se abrindo, um sonho realizado. E nos primeiros meses a empolgação é tanta, que o dinheiro não dura metade do que devia. Tudo de inútil parece que vai ser usado um dia. Conhecemos pessoas novas, de um lugar completamente diferente do seu ambiente, com costumes diferentes, e esses são só mais motivos de felicidade. Coisas estranhas acontecem. O facebook de repente, ganha mais que apenas 5 atualizações. E você não poderia ficar mais contente sabendo que deixou saudades em casa. Saudade de casa. Da mamãe, do papai, irmãos, avós, cachorros e papagaios. Saudade da comida brasileira, meu deus. Do arroz e do feijão. Do churrasco, não do "barbecue". Da comida sem gordura e conservantes. Que quando chegamos em casa muda para: saudade dos hamburguers, kit kats e cookies. E a gente se sente caixeiro viajante. Conhece aqueles lugares que só aparecem em filmes. Tiramos um milhão de fotos para no final, 2 ou 3 servirem. Intercambista tem na cabeça que pode fazer tudo sem que ninguém o julgue para o resto da vida, ou o condene. E sabe de uma coisa? Essa é a melhor parte. A parte que todos nós gostaríamos de viver diariamente, em casa ou não. E a gente é obrigado a lavar louça, lavar roupa, pegar ônibus e a economizar. Mas a principal das coisas que intercambistas fazem, não chega nem aos pés de todas as que eu citei. Intercambista não sabe viver sem as lembranças. Nunca esquece sua viagem, seus amigos e suas histórias. Vive numa profunda e natural nostalgia, a famosa vontade de voltar no tempo e fazer tudo outra vez exatamente como foi. E possa passar o tempo que for, vamos continuar chorando de saudade a cada foto que vermos, vamos continuar falando pra TV "Já estive aí, olha!" e sempre vamos contar coisas do tipo "Quando eu estava no lugar tal...". É uma saudade da liberdade. Quem já foi, sabe. Quem não foi, seja. Quem quer ser, lute. Quem não quer, é uma pena. Foi simplesmente a melhor experiência da minha vida até agora.