quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

e que venha 2012!

Ainda me lembro do mesmo post um ano atrás. Quando as minhas expectativas estavam voltadas para o ano de 2011. Acho que até escrevi antes de viajar. Como o tempo passa rápido! Voando. E mesmo assim, com essa correria toda, aconteceu TUDO e mais um pouco do que eu esperava. E do que eu não esperava também. Foi um ano mais feliz do que triste. Mais cansativo também. Foi o último ano da escola. Foi o ano dos vestibulares. De mais um ENEM. Foi o ano em que alguns se foram e outros vieram. Que foram pra longe, pro céu, ou pra longe, outros estados. Foi um ano de saudade também. Um ano próspero. De cultivo de ciclos. De inícios também. Um ano de vitórias. O ano da minha liberdade. Ahh, minha liberdade. Não pude aproveitá-la mais do que já a fiz. Foi um ano de amor. De amor a mim mesma. Nunca fui tão apaixonada por alguém como hoje sou por mim. Óbvio que ninguém consegue ser feliz sozinho, por isso, amei aos meus amigos. Amei a minha família. E tá faltando amar muita gente ainda. Mas tudo tem seu tempo. Ainda acredito em conto de fadas. E ainda me sinto boba por isso. Só que mais bobos, são aqueles que não acreditam em nada. E eu sou a mesma sonhadora de sempre. Mais esperta talvez. Que venha 2012! Que venha a faculdade, a academia e mais estudos. Serão bem vindos os novos amigos e claro, os novos amores. Que sejam esquecidas todas as mágoas e as pessoas que as causaram. Quero mais espaço. Mais organização. E mais liberdade. Quero um 2012 melhor que 2011. E quero todas aquelas coisas que desejamos às pessoas que gostamos. Quero um ano novo feliz! E desejo o mesmo pra vocês. 

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

"Lá na califórnia..."

Já cansei de escrever essa palavra e vocês provavelmente de ler. Imaginem meus amigos que com certeza já tiveram vontade de me esmurrar por tanto ouvirem. Mas aposto que quem já viveu uma experiência como a minha, deve repetir assim como eu, sem perceber: "Lá na Califórnia.." Mas é porque foram tantas coisas, tanta história e tanta aventura em tão pouco tempo que até os mínimos detalhes nos fazem lembrar da mais grandiosa das memórias. Cada coisa louca e cada gente estranha que do seu jeito se encaixava no nosso grupo. Quanto mais o tempo se passava, mais intenso ficava. Desde ficar presa no aeroporto de Manaus até as voltas solitárias no aeroporto de Los Angeles. Cheguei em Santa Bárbara na tarde do dia 26. Chovia bastante e a distância entediava eu e minhas amigas dentro da van. Sem contar que nos haviam esquecido. Foi preciso ligar 3 vezes para a empresa responsável por nosso translado. Deixaram as garotas em casa e por fim, eu. Minha casa era aparentemente na montanha, pelo subir constante da van. Nem fui recebida pela minha host-mom. Ela estava na casa de sua mãe para um almoço pós-Natal. Como meu vôo atrasou dois dias, ela provavelmente não sabia que dia chegaria. Quem abriu a porta foi a Yulia. Uma das garotas que moravam lá. Ao total eram 4. Uma austríaca, uma russa, uma brasileira (oie) e uma espanhola. Duas semanas depois chegaram duas taiwanesas bebês. Uma de 12 e outra de 13 anos. Logo no segundo dia aprendi a ir ao centro da cidade de ônibus. Se o Brasil resolvesse imitar o sistema de transporte público americano, eu viveria feliz e satisfeita. Aprendi onde era a escola e o supermercado. E a loja da Apple é claro. Comprei um chip da T-mobile. Na segunda-feira de manhã, Jackie (host-mom) me levou a escola onde eu faria o teste de nível. E logo estabeleci minha própria rotina. Até o ano novo. A escola tinha parceria com uma agência de viagens e as propostas para o New Years Eve eram Honolulu (Havaí) e Las Vegas que dispensa apresentações. Escolhi Vegas baby. Mas vocês sabem, o que acontece em Vegas, fica em Vegas. O que posso dizer é que foi lá onde conheci pessoas incríveis. Brasileiros fantásticos. De todos os lugares do país. Hoje posso ir a São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais na maior tranquilidade. Não me livrei das burradas. Como toda boa e velha viagem, TEM DE HAVER erros. Mas foram erros aceitáveis. Não foi só eu que se confiou em "não conheço ninguém, posso fazer tudo o que eu quiser". Mas tudo fez parte da minha aprendizagem e até das mancadas eu sinto falta. Até da saudade do Brasil eu sinto falta. De ligar o computador e ver recados dos amigos. É... nada foi em vão. E hoje, dia 23 de dezembro de 2011, faz um ano. O ano que passou voando. Que não aceitou meus pedidos para que parasse. Porque 2012 também está louco pra chegar. E espero que seja tão bom quanto 2011. Juro que vou cumprir todas as minhas metas! Precisava desabafar essa saudade.  

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

não vai passar, só mudar!


“Eu esqueci você”. Essa é com certeza maior mentira que um dia diremos pra alguém. Sabe por que?Sentimentos não morrem ou são esquecidos, eles apenas se transformam em outros sentimentos. O tempo tem sim o poder de mudar o nosso foco, mas ele não apaga uma história. Muito menos as lembranças. Ele apenas te mostra que você é forte o suficiente pra continuar mesmo com tudo isso acontecendo aí dentro. Aí, então, outras coisas acontecem.
O amor torna a indiferença impossível. Quero dizer, as pessoas que você realmente um dia se importou, nunca serão indiferentes. Cada uma delas despertará uma sensação única quando você por exemplo, encontrá-las por acaso na rua. Vai queimar, sufocar, arder e às vezes, tudo isso ao mesmo tempo. O que vai mudar é que quando acontecer, você saberá sem sombra de dúvida o que realmente bom pra você. Sabe, já ouvi relatos de pessoas que tentaram deletar suas próprias lembranças. Aos poucos, elas foram se deletando também. As lágrimas importam tanto quanto os sorrisos. Você é tudo aquilo que viveu até esse exato momento. E o que em maior parte te fez evoluir, foram as porradas e tombos que a vida te deu. Que te fizeram passar dias na cama sem vontade de dormir ou comer. Que te fizeram pensar em tudo aquilo aconteceu milhares de vezes. Que te fizeram admitir ou desistir. Que te fizeram transformar.
“Na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.” 
Talvez você devesse levar as aulas de física mais a sério.          -Bruna Vieira 

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

abuso do mundo

Tem dias em que acordamos sem fazer a mínima ideia de que dia é, mês ou ano em que estamos. Dá vontade simplesmente de desligar o celular, esconder o computador e se trancar dentro do quarto pra ficar só com uma pessoa: você. Escutar outra voz que não seja a sua passa a te irritar e o que você mais quer é o seu silêncio ou, no meu caso, eu e minhas músicas. Dá um verdadeiro abuso do mundo. É a hora que você tem pra refletir, pra pensar na sua vida, refazer os seus planos e é justamente na hora em que as pessoas mais insistem em te encher a paciência. Ou elas sempre encheram mas HOJE, ela esgotou de vez. Nenhum convite ou saída é mais tentador que sua cama pra deitar, seu teto pra olhar e seus pensamentos pra flutuar. Tem gente (tipo eu) que consegue carregar o mundinho consigo e se desliga do resto mesmo estando nele. Faz sentido demais pra mim. A realidade é tão chata quanto a maioria das pessoas que nela vivem. Apertar o botão de "liga" pra mim é ver amigos fingindo ser amigos, namorados fingindo lealdade, políticos destruindo reservas indígenas para criarem usinas hidroelétricas ao qual um país auto-suficiente não precisa, e tantas outras milhões de baboseiras que vemos muita gente fazer. Minha vontade é de não só mandar pro espaço a minha rotina, como mudar a rotina dos outros. As rotinas ridículas aliás. Ou melhor, trazer essas pessoas pro meu mundinho feliz e desligado. Tentar fazer com que elas percebam que o mundo em que vivemos está de cabeça pra baixo, tá chato, monótono e abusivo. Que essa coisa louca de imaginação faz muito mais sentido do que pensam.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

empurrar com a barriga

Empurrar pela barriga. Taí uma das coisas mais normais e cotidianas do nosso universo. As vezes eu fico lembrando do quão burra eu já fui agindo dessa maneira, como se eu não tivesse nada melhor pra fazer e aguentasse as futilidades e chatices do resto do mundo, ou ao menos, das pessoas ao meu redor que fizeram o favor de me atrasar. Sim, isso me revolta (hoje). Porque antes eu agia como uma babaca esperando as coisas acontecerem de repente, do além. Eu empurrava um zibilhão de sentimentos dentro do coração mais um trilhão de pensamentos mal resolvidos e multiplicava tudo isso pela angústia que dá quando nós esperamos as pessoas agir como queremos e sempre quebramos a cara. E nós nos acostumamos a escutar a frase: "Eu juro que vou mudar! Por você." A maior mentira de todas. Primeiro porque ninguém deve mudar por outra pessoa, sempre por si mesmo. E segundo porque se essa pessoa quisesse REALMENTE te fazer feliz e se fazer feliz, ela já teria tomado alguma providência em relação ao que quer que seja. A verdade é que nada acontece enquanto esperamos sentados. As coisas só acontecem quando fazemos acontecer. Chega uma hora em que ficamos fartos e o que aguentávamos por amor ou solidariedade não é mais o bastante e se torna um quase nada. É quando olhamos pra nós mesmos e enxergamos muito mais além do que aquela paralisia. É hora de aprender a se amar primeiro e deixar de aguentar o que você não tem obrigação de carregar nas costas.