sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

"Lá na califórnia..."

Já cansei de escrever essa palavra e vocês provavelmente de ler. Imaginem meus amigos que com certeza já tiveram vontade de me esmurrar por tanto ouvirem. Mas aposto que quem já viveu uma experiência como a minha, deve repetir assim como eu, sem perceber: "Lá na Califórnia.." Mas é porque foram tantas coisas, tanta história e tanta aventura em tão pouco tempo que até os mínimos detalhes nos fazem lembrar da mais grandiosa das memórias. Cada coisa louca e cada gente estranha que do seu jeito se encaixava no nosso grupo. Quanto mais o tempo se passava, mais intenso ficava. Desde ficar presa no aeroporto de Manaus até as voltas solitárias no aeroporto de Los Angeles. Cheguei em Santa Bárbara na tarde do dia 26. Chovia bastante e a distância entediava eu e minhas amigas dentro da van. Sem contar que nos haviam esquecido. Foi preciso ligar 3 vezes para a empresa responsável por nosso translado. Deixaram as garotas em casa e por fim, eu. Minha casa era aparentemente na montanha, pelo subir constante da van. Nem fui recebida pela minha host-mom. Ela estava na casa de sua mãe para um almoço pós-Natal. Como meu vôo atrasou dois dias, ela provavelmente não sabia que dia chegaria. Quem abriu a porta foi a Yulia. Uma das garotas que moravam lá. Ao total eram 4. Uma austríaca, uma russa, uma brasileira (oie) e uma espanhola. Duas semanas depois chegaram duas taiwanesas bebês. Uma de 12 e outra de 13 anos. Logo no segundo dia aprendi a ir ao centro da cidade de ônibus. Se o Brasil resolvesse imitar o sistema de transporte público americano, eu viveria feliz e satisfeita. Aprendi onde era a escola e o supermercado. E a loja da Apple é claro. Comprei um chip da T-mobile. Na segunda-feira de manhã, Jackie (host-mom) me levou a escola onde eu faria o teste de nível. E logo estabeleci minha própria rotina. Até o ano novo. A escola tinha parceria com uma agência de viagens e as propostas para o New Years Eve eram Honolulu (Havaí) e Las Vegas que dispensa apresentações. Escolhi Vegas baby. Mas vocês sabem, o que acontece em Vegas, fica em Vegas. O que posso dizer é que foi lá onde conheci pessoas incríveis. Brasileiros fantásticos. De todos os lugares do país. Hoje posso ir a São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais na maior tranquilidade. Não me livrei das burradas. Como toda boa e velha viagem, TEM DE HAVER erros. Mas foram erros aceitáveis. Não foi só eu que se confiou em "não conheço ninguém, posso fazer tudo o que eu quiser". Mas tudo fez parte da minha aprendizagem e até das mancadas eu sinto falta. Até da saudade do Brasil eu sinto falta. De ligar o computador e ver recados dos amigos. É... nada foi em vão. E hoje, dia 23 de dezembro de 2011, faz um ano. O ano que passou voando. Que não aceitou meus pedidos para que parasse. Porque 2012 também está louco pra chegar. E espero que seja tão bom quanto 2011. Juro que vou cumprir todas as minhas metas! Precisava desabafar essa saudade.  

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