quinta-feira, 24 de novembro de 2011

obrigada tempo!

Hoje, quarta quinta-feira do mês de novembro, é um dia normal para nós brasileiros. Para os americanos, é o dia de ação de graças. Um feriado bastante importante para eles assim como o natal, ano novo e todo o resto. O objetivo é basicamente agradecer as graças do ano como o próprio nome já sugere. Rondando pela internet altas horas da madrugada, achei um vídeo ao qual vários artistas foram abordados com a seguinte pergunta: O que você tem a agradecer? A maioria citou os trabalhos, família, amigos e saúde. Se me parassem na rua da mesma forma e me perguntassem a mesma coisa eu responderia: ao tempo. Não que eu não concorde com eles, muito pelo contrário, mas acho que o tempo pra mim esse ano, foi de um caso apaixonado. Já devo ter falado uma dúzia de vezes do quanto cresci do ano passado pra cá. Me perdoem. Sinceramente, ainda me orgulho tolamente por isso. Desde o término de um longo relacionamento, ao sofrimento, á recuperação, á Califórnia, ao terceiro ano, aos vestibulares e á felicidade ao longo de muitos destes percursos. Obrigada tempo! Por passar tão rápido e ao mesmo tempo tão vagamente. Você o faz para que não haja sofrimento demais e ao mesmo instante, para que cada segundo valha a pena e se petrifique em memórias, boas de preferência. Você fez o meu corpo crescer, minha cabeça desenvolver e minhas pernas andarem por si só. Me ensinou a esquecer caminhos que me levavam aos mesmos lugares. Te considerei, do meu jeito estranho, como um closet. Você sempre teve roupas que coubessem perfeitamente em mim. Ao longo dos anos, fui trocando as velhas que já não mais me cabiam pelas novas que entravam como luvas. Com o seu passar, entendi que não mais precisaria chorar ou fazer escândalos mimados para conseguir o que queria. Vi minhas mãos crescerem prontas para construírem o meu próprio caminho. Aprendi a não passá-lo, e sim a usá-lo. Fui longe, voei alto e voltei ao meu espaço sem precisá-lo de mais. Acho que usei e abusei dos seus vai-e-voltas. Com razão! Não me arrependo de nada (ou quase) do que fiz. As coisas acontecem quando devem, não acha? Por isso que ainda aposto todas as minhas fichas em você. Não há nada melhor do que esse frio na barriga da incerteza do que você nos tem reservado. 

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