terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

uma criança eterna!

As pessoas às vezes me acusam de ter um comportamento infantil e eu respondo à todas elas da mesma forma: Já viu criança com comportamento de adulto? Não me considero uma adulta, muito menos uma adolescente. Sei que essas fases passam. Deixam rastros de experiência mas não duram a eternidade. Ambas contribuem para o crescimento e o desenvolvimento de nossa identidade mas nenhuma delas influencia tanto quanto a infância. Quando somos crianças temos a curiosidade do incerto, do proibido. Aprendemos desde o comecinho da vida o quanto é bom brincar, rir, se divertir e descobrir. Levamos até o fim de nossos dias os conhecimentos que adquirimos nessa época. É quando somos educados, carentes e pertubadores. É quando questionamos de onde viemos e pra onde vamos. É quando nos apaixonamos pela primeira vez. Seja por um desenho, por um brinquedo, por outra criança. É quando aprendemos o valor do carinho. É quando somos inocentes, puros e sem malícias. Quando dinheiro e status não há nenhuma valor, são apenas meros símbolos. É quando esquecemos as mágoas em menos de 10 segundos. Quando choramos por volta de 2 horas. É quando somos bobos e dominados. É quando aprendemos caras e bocas, caretas e feições. Quando começamos a distinguir o certo do errado. Quando vivemos intensamente sem ter nenhuma noção do que isso seja. Quando não nos preocupamos e nem possuimos responsabilidades. Criança é se sujar na lama, e brincar na areia da praia, é se jogar na piscina de barriga, é observar as formigas, é rir do scobby doo, do bob esponja, do laboratório de dexter e das meninas super poderosas. É colecionar figurinha de album e nunca completar. É ter um patinho de borracha pra te ajudar a tomar banho. É escolher o xampu com formato de peixinho. É ter medo do escuro. É tomar sorvete e se sujar todo. É correr na grama, puxar o pelo do cachorro, é andar de bicicleta, patinete ou patins. É ter um tênis do senninha. É chorar do dodói ou de ver a mamãe, o papai ou a vovó saindo de casa. É brincar de robô, de fazenda, de boneca, de zológico e de carrinho. É ter lego. É odiar injeção. É implicar. Criança é ser tudo de bom que podemos ser. É aproveitar tudo de bom que o mundo tem a nos oferecer. É ser curioso e corajoso. É não temer. Se criança é tão bom assim, pra quê eu vou querer crescer? Sei que tenho minhas responsabilidades agora. Sei que tenho situações diferentes e maduras para tratar mas nunca, nunca isso vai me impedir de deixar de sorrir, de me molhar na chuva, de brincar. De ser uma criançona até o fim.

3 comentários:

  1. Bacana, teu post...As pessoas querem tanto ser adultas, sérias e donas de si, que se esquecem da maravilha que é curtir as coisas da vida nos mínimos detalhes.

    bjão

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  2. hj vi um curta metragem "a invenção da infância" achei super interessante que algumas crianças com vantagens materiais estavam cansadas, seguindo horários e rotinas, com um olhar triste e falando que nao tem temtpo pra brincar porque são tantas obrigações.. e por outro lado crianças pobres que trabalhavam mas sabiam que era melhor trbalhar para ganahr o dinheiro p elas msm do que ficar dentro de casa sem fazer nada e por entender isso talvez tinham "força de vontade" e aí fica aquela questao, em alguns lares pode não ter falta de comida, nem dinheiro mas e o amor ? cadê ?

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