bobos e apaixonados

Apaixonar. O verbo mais bobo de todo o nosso dicionário. O mais cego e o mais incerto. A gente se apaixona quando menos espera e quando isso acontece, algo venda teus olhos para que possas somente enxergar aquilo que sua imaginação permitir. Você sonha com um futuro lindo que raramente se torna realidade mas nunca perde as esperanças de que aquilo algum dia possa vir a acontecer. Você quer conhecer, cuidar e tudo parece se encaixar perfeitamente como peças de quebra-cabeças. Você se identifica e ao longo do tempo, tudo parece te atrair cada vez mais. Você se apreende porque não faz ideia do que estão pensando, se é o mesmo que você. Pode demorar. A paixão pode vir depois de uma longa e duradoura amizade, onde já se conhece, já se confia e se sabe todos os passos a serem dados. Assim como pode vir bem de repente, quando poucas palavras já se expandem "inutilmente" dentro do seu coração. Chega a ser instigante. Tentar advinhar o que irá acontecer se torna o maior e mais gostoso desafio a ser encarado. Cada passo pode ou não ser um grande salto e aprendemos com isso, a cautela. O tempo é inútil. Somos capazes de esperar o quanto for para começar a pôr em prática todos os planos já feitos. Quando a obra começa, cada segundo é eterno enquanto dura e o tempo para naqueles momentos. Um abraço é capaz de transmitir muito mais paz e conforto do que qualquer outra coisa. Um carinho, um beijo. Você perde todo o egoísmo que um dia teve. A única coisa que passa a querer em troca é um simples sorriso. Você aprende a colorir o mundo preto e branco. Passa a completar o vazio dentro de si. Se torna mais sensível, vulnerável. Romântico. Flores não são mais simples flores. Gestos não são mais simples gestos. A complexidade dos seus sentimentos se agrava. Alguns impulsos, vários deslizes e muito cuidado. Existem agora pessoas exatamente como você. Bobas e apaixonadas. Bobas e apaixonadas como eu.