domingo, 20 de abril de 2014

Sobre o meu relacionamento com a música

Que deliciosa essa voz do Michael Buble em "Everything", que me dá vontade de sair por ai saltitando de felicidade! De quantas músicas podemos falar isso? Eu, por exemplo, quando gosto de uma música logo me arrepio. E quando são aquelas que falam de amor, que me deixam saudosa, prefiro fechar o olhos e sentir a mensagem que o compositor quis passar quando escreveu. Em tarefa de música eu tento me aprofundar o máximo possível porque tenho certeza de que a música foi criada com o propósito de elevar o espírito e tocar o coração de qualquer ser humano que saiba senti-la de verdade. 
Muitas pessoas me perguntam porque eu, que moro no nordeste, em uma das cidades do forró, não gosto de forró. Ou porque que quando eu vou visitar a minha família em Brasília, evito escutar sertanejo. 
Música pra mim é muito mais do que "Lepo Lepo", "Lapada na Raxada", "Tchêtchêreretchê" ou "Beijinho no Ombro". Me perdoem as pessoas que gostam destes estilos musicais, mas pra mim não dá. A música me conquista quando tem conteúdo, letra, harmonia e criatividade. Esse negócio de plagiar os outros também não está com nada! 
Algumas até me agradam mas esse top 10 brasileiro de hoje em dia, não faço questão de escutar que não casualmente.
Eu nasci e cresci ouvindo uma radiola de discos de vinil tocar "Come Together" dos Beatles ou "Wish You Were Here" do Pink Floyd. Felizmente o legado que meu pai deixou foram vários discos de vinil e um gosto musical bem fora da minha época (valeu papai!).
Em outras ocasiões, há muito tempo atrás provavelmente, eu já contei pra vocês que comecei a aprender a tocar guitarra com 11 anos de idade depois de ter me apaixonado por uma Stratocaster vermelha que aparecia em um seriado de televisão. Depois de muita insistência e choro, consegui exatamente a mesma guitarra que tanto sonhava (mas em cor alaranjada) no dia do meu aniversário.
Ela ficava em um apoio ao lado da minha cama e apesar de achá-la a coisa mais linda de toda a casa, eu não tinha nenhum conhecimento de como aquilo funcionava. Por várias noites tentei dedilhar alguma coisa e nada saia. 
Minha mãe, que presenciou algumas das minhas tentativas frustradas de tocar "Sweet Child O'Mine" do Gun's and Roses, resolveu contratar um professor.
Em minhas primeiras aulas descobri que:
1) Um canhoto deve comprar uma guitarra de canhoto
2) As pessoas normalmente começam com o violão
Meu professor disse que meus dedos doeriam o dobro de vezes e que minha falta de habilidade com a direita seria um pequeno obstáculo. Mesmo assim resolvi não trocar a ordem das cordas e aceitar o desafio. Aprendi os meus primeiros acordes e em pouco mais de três semanas eu já estava tocando "Found A Way" do Drake Bell, minha música favorita na época. Comecei a me apresentar pros amigos, família e nos festivais de arte da escola. Descobri que podia cantar também, talvez melhor do que tocar, e continuei treinando todos os dias com cada música nova e boa que eu escutasse. 
A partir de então eu e a música estamos em um constante e caloroso relacionamento que tem me proporcionado apenas coisas boas e oportunidades maravilhosas. Conheci um grupo de amigos da mesma idade que eu em que cada um tocava um instrumento diferente e seguimos como um pequeno "bico" casual, era o máximo! 
A música me levou para as audições do "The Voice" e que dia maravilhoso foi aquele! Eu sentada ao lado da Ellen Oléria (vencedora da primeira temporada), esperando me chamarem para as audições. Naquele dia eu percebi que, no meio de quase 100 pessoas altamente talentosas e profissionais, eu com apenas 18 anos era capaz de conquistar muito mais do que sonhava. Não passei para a próxima fase mas voltei pra casa com a sensação de missão cumprida e extremamente feliz por ter participado da competição em que acredito. Além de ter visitado a minha família por um final de semana.
Mesmo não tendo "aparecido" muito ultimamente, sigo com essas experiências no meu coração e mantenho a minha paixão muito bem guardada, agora em formato de violão acústico (também alaranjado). 
Uffa, escrevi demais! Mas senti a necessidade (01:21 da madrugada de um domingo) de compartilhar a minha felicidade enquanto escuto as músicas que estão me fazendo sorrir:

1. Everything - Michael Bublé

2. Sunday Morning - Maroon 5

3. Live and Let Die - Paul McCartney

4. Hillbilly Bone - Blake Shelton



5. Happy - Pharrell Williams

0 comentários:

Postar um comentário