domingo, 5 de janeiro de 2014

Aprendendo a: meditar


Hoje estou inspirada a escrever um post um pouco "viagem", mas meditação é uma prática que aderi há algum tempo e que surte bons efeitos em mim. Gosto de compartilhar esse tipo de experiência porque sei que muitas pessoas podem estar sentindo a mesma ansiedade que às vezes tenho, por ter uma rotina caótica, chata e estressante, com mil coisas para fazer ao mesmo tempo (só de pensar já me cansa!!).
Descobri a meditação através da minha mãe, que começou a fazer ioga há alguns anos atrás e sempre gostou muito de coisas zens e orientais. Ela gosta de colecionar CDs com mantras e figuras japonesas.
Confesso que de primeira achei que a meditação fosse lenda e que seria impossível chegar a um nível de concentração capaz de deixar a mente em "pausa", como minha mãe chamava. 
Eu até me irritava com a calma daquelas músicas com sons de ondas, passarinhos e etc.
Até que um dia eu assisti "Comer, Rezar e Amar" pela primeira vez. O livro e filme que eu gostaria de ter vivido como a autora, Elizabeth Gillbert, viveu. Lembro-me com clareza a parte em que Elizabeth senta em uma sala de mantra de uma guru. Ela tenta se concentrar mas se incomoda com tudo a sua volta: os sons, as moscas, a claridade e o fato de todos estarem concentrados menos ela. Elizabeth então, resolve se disciplinar e focar suas preces para o desejo de felicidade de uma garota indiana cheia de sonhos que ia se casar contra a sua vontade com um rapaz que nem mesmo conhecia. Cada dia que passava Elizabeth melhorava e conseguia marcar durações maiores de suas meditações. Até que um dia, o tempo não era mais importante e sim, o sentimento e o propósito destas meditações. 
Me identifiquei com a inquietude da personagem e comecei a me interessar sobre a prática. Descobri que a meditação contribui para tratamentos complexos como depressão, ansiedade, síndrome do pânico e até mesmo ajuda a retardar a progressão do Alzheimer, comprovado cientificamente.
A meditação é comumente associada a religiões orientais e é caracterizada como uma técnica de centrar, equilibrar e serenar a mente em busca da paz interior. Nesse processo diminuímos a quantidade de pensamentos a cada minuto, não se ligando a nenhum deles, apenas deixando-os passar sem questionar, focando a atenção no presente conscientemente, onde a realidade acontece. Parece bem simples e realmente é, porém, uma prática que exige disciplina e vontade. No começo eu tive MUITA dificuldade mas aos poucos, assim como Elizabeth Gillbert, consegui adquirir a capacidade de me desligar dos pensamentos que se acumulavam em minha mente.
Ao meditar estaremos cultivando o bem estar físico e mental, e como consequência, o equilíbrio. 

Há dados históricos comprovando que ela é tão antiga quanto a humanidade. Não sendo exatamente originária de um povo ou região, desenvolveu-se em várias culturas diferentes e recebeu vários nomes. Floresceu no Egito (o mais antigo relato), na Índia, entre o povo Maia etc. Apesar da associação entre as questões tradicionalmente relacionadas à espiritualidade e essa prática, a meditação pode também ser praticada como um instrumento para o desenvolvimento pessoal em um contexto não religioso.



Pode ser papo de hippie mesmo, mas todas as vezes que me sinto "cheia" de pensamentos negativos, paro, sento e tento aquietar a minha mente com a meditação. Muitas pessoas gostam de ir a igreja para se sentir bem e conversar com Deus, eu gosto de meditar para chegar até Ele. E sempre me sinto bem após a prática.
Se você se interessou em pelo menos tentar, aqui vão algumas dicas:
1. A meditação não tem um tempo exato. Pode variar de 5 a 30 minutos. Isso depende da necessidade e possibilidades de cada um.
2. Meditação é sinônimo de concentração. No começo você vai se incomodar com tudo, mas é absolutamente normal. Tente começar pensando em reflexões da sua vida ou objetivos que queira alcançar. Enquanto não conseguir esvaziar a mente, tente pensar apenas em coisas positivas.
3. Nunca medite deitado ou então você acabará dormindo. A posição de meditação exige sempre uma coluna reta e braços soltos. O corpo precisa estar em uma posição confortável.
4. Você poderá meditar praticamente em qualquer lugar. É bom utilizar um quarto ou espaço específico que seja calmo, limpo, organizado e o mais isolado possível de distrações. Você pode usar incensos ou objetos que o inspirem.
5. Eu gosto de meditar ao som de mantras ou músicas orientais que me transmitam tranquilidade. Algumas delas são The Long Road do Eddie Vedder com Nusrat Fateh Ali e o mantra tibetano Om Mani Padme.

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