segunda-feira, 12 de setembro de 2011

voar

Agora que descobri como voar, que direção devo seguir noite adentro? Minhas asas não são brancas nem emplumadas. São verdes, feitas de seda verde que estremece ao vento e se dobra quando mexo - primeiro num círculo, depois numa linha, finalmente numa forma que eu mesma inventei. A escuridão atrás de mim não me preocupa nem as estrelas à frente. Rio de mim mesma, da minha imaginação boba. Pessoas não podem voar, embora, antes da Sociedade, existissem mitos sobre aquelas que podiam. Vi uma pintura delas, certa vez. Asas brancas, céu azul, círculos dourados sobre as cabeças, olhos voltados para o alto, surpresos, como se não conseguissem acreditar naquilo que o artista havia pintado, como se não conseguissem acreditar que seus pés não tocavam o chão. -Ally Condie (livro Destino)

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